Publicidade em questão no Brasil

O Mickey Mouse por trás das telas

Não existe nada mais belo que a inoscência de uma criança. Levando-se em consideração a conjuntura capitalista do século XXI, o método apelativo da publicidade infantil brasileira utiliza-se desta beleza como arma para o consumo por parte dessa parcela da população. Seria este panaroma um ideal correto de marketing? Quais as consequências deste fato?

A infância caracteriza-se por sua desvinculação natural de aspectos sérios e que requerem aprendizado proveniente de um longo tempo de vida. Ainda que esta fase seja essencial para o desenvolvimento da criança, a propaganda, de maneira indireta, estimula a redução ou até mesmo a dissolução desta etapa. Isso ocorre porque, de maneira análoga ao fato, os pais precisam estar alertando constantemente os perigos da vida como, por exemplo, o efeito alienador dos comerciais que são relativamente complexos para esses indivíduos mais jovens. Seguindo o ideal capitalista do Brasil, o sentido real dos personagens infantis torna-se contraditório uma vez que seu real propósito seria o de entreter crianças e explorar construtivamente as suas imaginações.

Uma vez que a publicidade infantil não seja controlada por leis federais no Brasil, surge um grande alerta ao futuro da população brasileira quanto a seus princípios e maturidade na hora das compras. Sendo estes inconscientemente influenciados pelo marketing desde seus primeiros anos de vida, certamente adotará práticas consumistas que ameaça até mesmo a economia e o mercado de trabalho brasileiro. Além de tudo, tornam-se cada vez mais alvo da alienação capitalista e acomodam-se com a vida, prejudicando seu progresso como pessoa e o desenvolvimento de seus princípios.

Seguindo a lógica publicitária brasileira, têm-se como necessidade imediata a criação de leis impulsionadas pelo Conar que vetem a utilização de figuras infantis na elaboração de propagandas direcionadas a este público. Em contrapartida, se assim não for, os pais devem alertar seus filhos quanto ao real propósito do Mickey Mouse, ameaçando a "extinção da inoscência das crianças".