TEMA: Cotas para universidades federais: solução ou problema?

Pirâmide educacional
Muito se tem discutido a cerca de cotas para as universidades federais. Uns são contra, outros à favor, gerando uma grande polêmica. Todavia, acrescentar esse tipo de benefício ao estudante, de certo modo fará com que a qualidade de uma universidade caia. Mas antes disso, é necessário compreender algumas coisas.
A cota para negros não apresenta benefício aos menos desfavorecidos, visto que não existem só negros com déficit educacional e de renda. Existem brancos com situações tão precárias, quanto qualquer outra raça. Sendo assim, cota para negros ou pardos prejudicará muito aqueles cujo a cor não os enquadra em tal coisa, excluindo-os. Uma ironia, já que tal cota foi colocada em prática justamente para deixar os negros menos excluídos.
Tornar-se essencial observar ainda, uma das mais importantes, que beneficiará qualquer aluno: a cota para estudante de ensino público. Alguns vão achar essa, a mais maravilhosa, porém, o ensino público no Brasil, apresenta falhas, que prejudicam o aluno. Que futuramente, se prejudicará no ensino superior. Imagine uma grande pirâmide com uma base fraca, e ruim, apresentando falhas. Conforme vão construindo, a base ficará cada vez mais fraca, até chegar um ponto em que a pirâmide toda desabará
Isso acarretará um grande problema com o passar do tempo, pois a faculdade terá que nivelar abaixando a qualidade de ensino, pois se os mesmos não foram capazes de serem aprovados sem nenhum benefício, é porque alguma coisa está errada.
Torna-se evidente, portanto, que dar certos tipos de privilégios, como vagas a mais para os estudantes, não é a melhor medida a ser tomada, os estudantes de escolas públicas precisam urgentemente de um ensino de qualidade, para que a base seja tão forte para aguentar e pirâmide toda.

A utilização das cotas no processo seletivo para o ingresso em universidades federais, mostra apenas mais uma deficiência na educação básica brasileira. Ogoverno evidencia o descaso com que é tratado a escola básica e tentam, com as cotas "minimizar" a falta de investimento e capacitação profissional nas escolas, promovendo por meios seletivos, que não é o conhecimento, a inclusão nas universidades federais.
A escola básica é tratada de forma rude, por parte de nossos representantes políticos, denotanto assim, que não há uma certa preocupação com o educando. A importância dada na educação básica não mais assegura ao aluno a formação para o exercício da cidadania e não fornece meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. A estruturação e o desenvolvimento do aluno dentro da universidade, é diretamente proporcional ao nível intelectual na saída da escola básica, que dá toda a base para o bom desempenho acadêmico.
Com a utilização das cotas para o ingresso em universidades federais, com 25% do total de vagas para estudantes de baixa renda familiar e os outros 25% para negros, pardos e índios, mostra o quanto o governo não se preocupa com a estruturação profissional dos "futuros acadêmicos". O preconceito ou a incapacidade cultural para com o aluno, vem desde os primórdios da escola, onde o mesmo não teve profissionais e estrutura adequada para a sua formação e muito provavelmente não terá êxito na vida acadêmica.
Em suma, o governo brasileiro deve dar assitência na base da educação, que são as escolas básicas, com capacitação profissional, estrutura e acessibilidade à todos, independendo da etnia ou classe social. Deste modo todos estariam em um mesmo nível intelectual, individual, utilizando da concorrência igual nos processos seletivos