TEMA: Mobilidade urbana no século XXI: o ir e vir em questão na sociedade brasileira

Progresso social

Insatisfação, fúria e estresse são apenas alguns sentimentos que inúmeros brasileiros tendem a enfrentar devido à precária mobilidade urbana. Sabe-se, pois, que o Brasil é o quinto país mais populoso em uma escala global, ultrapassando os 200 milhões de habitantes. Mas com essa quantidade exorbitante de pessoas nas ruas, o trânsito do país acabou lotado de veículos e, portanto, isso é um problema e deve ser solucionado.

No entanto, há muitas barreiras a serem ultrapassadas, pois, ainda que o problema seja atual, suas raízes são históricas. Durante o governo de Juscelino Kubitschek, a entrada das indústrias automobilísticas ocorreu em grande escala no país, o que acarretou, sobretudo, na superiorização do transporte rodoviário e a inferiorização das demais intermodalidades: ferroviária, aeroviária e hidroviária. Por isso, as rodovias brasileiras do século XXI se encontram cada vez mais acumuladas de automóveis.

Além do mais, a carência por um transporte alternativo favorece a problemática, visto que o transporte público-coletivo não é eficiente e, por falta de opção, muitos cidadãos têm que enfrentá-lo. Aliás, contemporâneo da obra Ansiedade de Augusto Cury, as pessoas se adaptam a tudo, inclusive ao caos. Sob esse ponto de vista, reflete-se o cotidiano da sociedade brasileira: é o gaúcho que enfrenta um congestionamento, enquanto o roraimense se depara com um acidente de trânsito; é o acriano que presencia um engarrafamento, enquanto o paraibano se encontra em um ônibus superlotado.

"Não corrigir nossas falhas, é o mesmo que cometer novos erros." Então, de acordo com Confúcio, é preciso corrigir os problemas para que estes não se tornem pertinentes. Portanto, tendo em vista a lotação das rodovias, cabe ao Governo Federal explorar outras modalidades de locomoção, sejam ferroviárias ou aeroviárias. Já aos Governos Estaduais, urge a implantação de ciclovias, oferecendo à população o transporte alternativo. Enquanto aos Governos Municipais, resta a criação de novas linhas para o transporte coletivo, a fim de evitar que este enfrente congestionamentos. Ademais, compete à mídia difundir aos telespectadores valores éticos no trânsito, pois, afinal, com uma população conscientizada e uma estrutura urbana eficiente, o Brasil irá progredir do ponto de vista social.