TEMA: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

TEMA: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

TÍTULO: Marionetes do próprio silêncio

     Desde a Grécia Antiga, especialmente em Atenas e Esparta, os meninos eram treinados e incentivados a serem fortes no intuito de lutarem pela defesa de suas civilizações, enquanto as meninas eram e ainda são forçadas ao exclusivo trabalho doméstico. Mesmo que patética, essa alusão insere-se claramente numa vitimização social feminina, partindo de uma simples divisão de trabalho.

     Ao focar este princípio, é válido concordar com a afirmação do determinismo, corrente filosófica realista, que o homem é fruto do meio em que vive. A sociedade torna-se sua própria vilã, uma vez que engloba e baseia-se em pensamentos machistas, negligenciando a súplica de inúmeras mulheres acometidas por essa omissão social, culminando numa teia ininterrupta de violência contra elas.

     Os vários relatos e reportagens descritos e disseminados pelos meios de comunicação representam o grau a que chegou essa abusiva disparidade social, que varia entre uma "simples" discussão até o mais elevado patamar criminal, contradizendo os princípios básicos dos Direitos Humanos.

    A sociedade brasileira é portadora de uma mente primitiva e é incapaz de visualizar o enorme cunho que esta problemática abarca. Portanto, são necessárias políticas conscientes que objetivem atenuar as consequências negativas deste mal que aflige inúmeras mulheres, permitindo maior acesso destas a um auxílio presente, implantando leis rigorosas quanto a isso e punindo efetivamente os catalisadores deste ciclo de violência contra a mulher. A voz feminina não pode ser contida por gritos marginais de um machismo corrupto.