O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente.

O agronegócio tem, no Brasil, grande importância econômica, pois, sozinho, é responsável por quase três porcento do Produto Interno Bruno do país. Porém, se não houverem medidas sustentáveis, quanto mais essa atividade econômica avançar, maior será o aumento da degradação ambiental.
    Mesmo com o cenário atual de crise em vários setores no país, o setor primário continua se expandindo. Uma das razões para isso está no fato de que o agronegócio ocupa um lugar fundamental na cadeia produtiva brasileira, pois parte do que produz serve de matéria-prima para o setor industrial, por exemplo. Isso é o que acontece com a  soja, matéria-prima para indústrias de cosméticos, farmacêutica e outras. Essa expansão tem reflexos significativos, não só na economia, mas também no meio ambiente, que é mais explorado devido à demanda de alta produtividade agrícola.
    O Brasil é destaque internacional no que se refere a contribuições científicas na área de Ciências Agrícolas. Isso mostra que existe uma preocupação do Governo Federal a respeito da inovação tecnológica para os avanços do agronegócio. Contudo, pouco se observa ações sustentáveis nesse setor. Apesar do Código Florestal, há o uso abusivo de agroquímicos e fertilizantes, por exemplo, que causam diversos impactos ambientais, como a contaminação de águas subterrâneas ou de rios e o crescimento anormal de algas que podem causar a eutrofização das águas. Estes abusos são comuns do cultivo ambientalmente irresponsável, que, no caso da soja, podem ser observados na região do entorno do Parque Nacional do Xingu, além de haver erosão, assoreamento e outras consequências. Problemas desse tipo poderiam ser evitados caso houvesse maior investimento científico a favor da sustentabilidade.
    Faz-se necessário, portanto, que o Governo Federal promova, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, o avanço das ideias sustentáveis para a produção agrícola, estimulando pesquisas científicas em universidades, por exemplo. Além disso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Ministério do Meio Ambiente devem usar de políticas de valorização do desenvolvimento sustentável, atribuindo bonificações a empresas que possuírem responsabilidade ambiental, a fim de que diminuam os casos de violação do Código Florestal e que haja maior participação de origem privada na defesa do meio ambiente.