O Ideal de Sociedade em Contraposição ao Respeito a Diversidade

A sociedade em que vivemos teve sua história negativamente marcada pelo fato de o ideal de sociedade se contrapor a diversidade humana e, esse contexto ainda é parte nos dias atuais.
  Já na época do Brasil colonial, por volta do ano 1530, como se sabe, o projeto europeu de crescimento econômico-social desconsiderava a existência e valores humanos dos milhões de nativos, de modo que sua maior parte foi morta ou escravizada no próprio solo.
  Além disto, o tráfico e escravização das pessoas negras reafirmou a compreensão de que, tal como os índios, eram inferiores a etnia dominante e assim  tratados como animais negociáveis.
  Esses acontecimentos refletem hoje nas desigualdades de ascenção social dessas etnias, em que os índios ainda enfrentam embates políticos para viabilizar justa demarcação de terra onde residem e ainda estão pouco inseridos no Ensino Superior como as maiorias, por exemplos; bem como, de acordo com o Mapa da Violência (estudo encomendado pelo Governo Federal) de 2012, pessoas negras também estão menos inclusas no Ensino Superior em relação as de biotipo branco e sofrem 70% mais homicidios do que estes.
  Nota-se contudo, um processo longo de marginalização de biotipos sociais diversos ainda por ser vencido.
  Certamente, o país em que deseja-se viver deve estar fundamentado na dignidade da pessoa humana, numa conduta respeitosa.
  Assim sendo, é preciso que, além dos programas governamentais inclusivos, como as cotas, haja um investimento maciço na educação escolar desde a Educação Básica, a fim de desenvolver, desde cedo e para as próximas gerações, a concepção de respeito mútuo e apreço às diversidades na busca do ideal de sociedade: o comum bem-estar.