Ditadura da beleza, corpo perfeito e consumismo

É cada vez maior, o número de brasileiros que recorrem a dietas exageradas, medicamentos suspeitos e intervenções cirúrgicas visando, unicamente , a estética. O problema é que, ao seguir a “ditadura da moda”, sempre haverá algo mais a se fazer, e nunca se atingirá a satisfação, além da existência do alto risco de doenças, infecções e morte.

Essas atitudes descontroladas têm respaldo na mídia, a qual, por meio de propagandas exibindo corpos esculturais, classifica a beleza como tendo um único padrão – imposto por ela – a ser seguido, e que, para alcança-lo, “vale tudo”. Acontece que, como diz Pedro Bial em sua versão de “Filtro Solar”, as revistas de moda só nos farão sentir feios, visto que, apesar de divulgarem oposto, tal perfeição estética é mera utopia.

Enquanto isso, a busca desenfreada pelo “corpo perfeito” é preocupante, principalmente no que diz respeito ao público jovem. Eles, para serem aceitos num grupo ou para se sentirem populares, acabaram por fazer uso de anabolizantes e/ou implantes de próteses, e, as vezes, visando um custo mais baixo, procuram profissionais clandestinos, e, geralmente não têm o devido cuidado de esperar a própria maturação dos seus corpos, pondo em risco suas saúdes.

Diante do exposto, é possível perceber que os exageros em busca do padrão de beleza perfeito são problemas reais, e que há a necessidade de se pensar em maneiras de amenizá-lo. Uma das formas de se fazer isso é a conscientização, por meio de campanhas nos veículos de informação, mostrando que a beleza é multiforme, e, se não apresenta riscos à saúde, deve ser respeitada em sua diversidade.