O limite entre liberdade e crueldade

A liberdade de expressão é um dos conceitos de maior valor em sociedades democráticas. O passado opressor vivido por muitas delas, como por exemplo a Europa na Idade Média, onde os considerados hereges deveriam viver escondidos temendo a execução,  deixou uma marca na população que só está sendo superada com a maior liberdade permitida atualmente em certos lugares do globo. Porém, muitas pessoas erradamente acreditam que ser livre é sinônimo de dizer o que se quer, inclusive palavras desrespeitosas, sem sofrer consequências.
            Casos como o ocorrido no início de 2015, na França, onde terroristas seguidores do Islã massacraram vítimas na redação do jornal "Charlie Hebdo", conhecido por suas charges que criticam e satirizam o islamismo, são a prova de que a liberdade de expressão deve ter limite, já que em excesso pode causar revoltas e mortes.
            A sociedade deve estar ciente de que opiniões divergentes entre culturas sempre vão existir, já que cada lugar tem origem em algo diferente. Porém, a expressão dessas opiniões nunca deve ser feita de maneira opressora ou violenta, já que atos ruins geram outros como eles, criando um ciclo de discordia que pode prejudicar a vida de muitas pessoas, inclusive inocentes.
           É claro que muitas vezes o direito de se expressar é um fator positivo. É através dele que problemas sociais ou políticos em uma nação, ou até mesmo em escala global, são resolvidos. Manifestações populares são um grande exemplo, e, em diversos casos, trazem benefícios imensos à população envolvida.  
           Portanto, a liberdade de expressão é uma ferramenta importantíssima para todos, mas deve ser utilizada de maneira racional, para que não se discrimine culturas, religiões ou estilos de vida, promovendo assim uma relação amistosa entre os povos.