O desafio das drogas na formação infantojuvenil

Não é difícil imaginar esta cena: Uma festa de um indivíduo menor de idade com bebidas alcoólicas liberadas. A falta de fiscalização dos garçons é um facilitador para o primeiro gole do adolescente, a partir daí começa o contato com as drogas. Nesse contexto, a facilidade da aquisição das drogas e a despreocupação da população, são fatores que influenciam a curiosidade precoce, o que exige a participação de diferentes setores da sociedade.

Antes de tudo, é preciso perceber que o acesso fácil a todo tipo de droga influencia na formação infantojuvenil. A famosa 'vista grossa' em supermercados quando um adolescente compra cervejas ou vodka pode ser o começo de um vício que acarreta em consequências drásticas como por exemplo acidentes de carro. Nas instituições escolares, a venda de maconha quando é flagrada, muitas vezes não é levada a delegacia e sim resolvida na própria direção.

Além disso, a despreocupação de alguns sobre álcool e maconha, acaba abrindo o caminho para o jovem experimentar outros tipo de drogas mais discriminadas. Em um panorama como esse, repleto de variáveis, parece difícil imaginar soluções definitivas, porém é fundamental agir para reduzir seus efeitos. Nesse contexto, o trabalho do governo pode ser complementado por ONG's, cujas funções sejam apresentar denúncias sobre esse desleixo da população.

Torna-se evidente, portanto, que o desafio das drogas na formação infantojuvenil exige medidas concretas, e não apenas um belo discurso. Nesse sentido, o caminho parece ser uma difícil- mas não utópica- revisão de valores, possível a partir de pequenas mudanças na educação. Sem dúvida, se as escolas ampliarem o foco de ensino para além de questões apenas de conteúdo, é possível imaginar um país mais rígido. Os ingredientes estão todos à mesa, basta fazer um bom uso desta receita.