Tema: "Eutanásia: um direito ou um crime?"

      Flexível e cautelosa, assim deve ser a Lei que permite a Eutanásia. Para que um indivíduo tenha o direito de planejar a sua morte, de modo legal e pacífico, deve-se estudar seus motivos e obter conhecimento das suas condições psicológicas, financeiras, físicas e sentimentais,  de forma a evitar um planejamento suicida como forma de fuga de uma realidade desfavorável.
      Caso a permissibilidade de uma morte opcional não seja consequência de um estudo detalhado da vida do paciente, um cidadão, que pratique um crime cuja pena seja de muitos anos em cárcere privado, pode achar meios ilegais para forjar uma doença e utilizar a Eutanásia como método de escape da Lei Penal vigente.
      Entretanto, se, após um minucioso diagnóstico, for constatado que uma pessoa está realmente doente, sofrendo com dores extremas e sem chances de recuperação,  o direito ao suicídio indolor seria um método de finalizar seu sofrimento. Assim, o enfermo ou seus familiares (quando o paciente estiver impossibilitado de responder por si) devem ter o direito de tal escolha.
      Em vista do que foi mencionado, a Eutanásia deve ser entendida como um caminho escolhido com cautela e percorrido somente em casos de enfermidades críticas e irreversíveis com total consentimento do adoecido ou de seus familiares. Nunca podendo ser vista como um atalho selecionado sem apuração afim de, simplesmente, cessar com rapidez a agonia de pacientes, familiares e médicos.

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