A atual situação dos idosos na sociedade (FUVEST 2014)

Você já pensou em como vai ser quando envelhecer? Como será tratado? Se sua resposta foi "não", chegou a hora de pensar sobre isso. Esse tema gerou certa polêmica quando Taro Aso, ministro de finanças do Japão, disso que os velhos só davam gastos ao governo. Uma opinião bem excêntrica, se levarmos em conta que o então ministro tem 72 anos.
    Para determinadas culturas, o idoso representa a memória de seu povo. Nas sociedades indígenas, por exemplo, o papel dos mais velhos é extremamente importante para a transmissão de conhecimentos da tribo. Na época do pater familias, na Roma Antiga, eram eles os juízes de seus familiares. A religiosidade lhes concedia privilégios, já que eram anciãos que detinham o poder de guardar as danças, os cantos e os rituais para a realização dos cultos.
    Com a Revolução Industrial, no fim do século XVIII, houve a expansão do capitalismo e a inversão de valores. Desde então, o prestígio que os idosos conquistaram começou a se perder. A capacidade de produção se tornou mais importante do que os valores humanos. É nesse ponto que surge a ideia defendida por Aso, que o idoso, por não ser mais tão produtivo, não merece consideração.
    Porém, não é o descaso por parte do governo, mesmo que tenham contribuído  para a Receita durante décadas, que gera mais preocupação. E sim, o abandono afetivo nas relações familiares. Você já deu atenção a alguém mais experiente do que você hoje? Seus avós, seus pais, sua vizinha... Tire quinze minutos do seu dia para isso e verá quantas histórias eles carregam e quão interessantes são.