ÁGUA, CULTURA E CONSCIENTIZAÇÃO

A importância da água para o ser humano é indiscutível, posto que, além de matar-lhe a sede, possibilita a higiene pessoal, a prática da agricultura e da pecuária. Contudo, pode-se observar que a importância dada aos recursos hídricos, assim como sua distribuição, não é uniforme e varia conforme a disponibilidade e a cultura dos povos.

Tomar longos banhos e lavar carros e calçadas com mangueiras são apenas algumas das diversas práticas incorporadas à cultura urbana de desperdício. Devido à grande oferta e ao baixo preço pago pelo tratamento, a população não valoriza a água de forma adequada.

Enquanto as torneiras despejam litros de água e os rios são contaminados por dejetos industriais nas metrópoles, no campo o sertanejo reza por chuvas e raciona cada gota que é trazida pelos carros-pipa, pois a estiagem mata o gado, destrói plantações e gera miséria no sertão. Nessas regiões áridas fazem-se necessárias ações políticas que atuem no sentido de democratizar o acesso à água. A construção de poços artificiais, por exemplo, mostra-se uma alternativa eficaz e viável.

Independentemente da cultura dos povos, a água é fundamental aos organismos vivos. É essencial que, além de promover a sua democratização, sejam efetuadas políticas públicas que atuem no sentido de atenuar o desperdício. A elaboração e distribuição de cartilhas que orientem as atividades cotidianas à racionalização da água, apresenta-se como uma alternativa econômica e eficiente no combate ao desperdício do líquido vital.