A Persistência da Violência contra a Mulher na Sociedade Brasileira

Tanto a mulher lutou almejando uma colocação justa na sociedade para terminar com o rótulo de incapaz de autodefesa. Hoje, prega-se a busca por direitos iguais, e de fato ocorreu um progresso aparente. Todavia, de nada adianta reconhecer uma igualdade de gênero se aumentam as cenas de violência ao sexo feminino. É partir de um preconceito para um novo, um preconceito transparente.
Talvez um dos mais graves problemas da sociedade contemporânea seja a hipocrisia. Do momento em que se afirma que a mulher tem o mesmo direito que o homem, os índices de agressão se manteriam parecidos. Obviamente, tais índices não deveriam existir para nenhum dos gêneros, porém existem. Logo, se a violência contra a mulher possui um grau superior á do homem, essa ainda sofre com a imagem ultrapassada cujo machismo lhe implantou: submissão. O velho pensamento de uma esposa que sobrevive atendendo os desejos do marido não apenas persiste, como é praticado em um ângulo violento, tal qual o estupro (a mulher submissa ao desejo sexual do homem), ou em qualquer ambiente, inclusive no de trabalho.
Os contínuos casos de agressão ao sexo feminino comprovam que manifestações ou frases bonitas não combatem o problema. O governo deve rigidamente monitor ambientes propícios á estas situações, do mesmo modo que se mostre solidário ás vítimas, já que muitos casos permanecem atrás da cortina, por conta do temor de novas ameaças.
A visão machista somente será extinta quando o preconceito também for. A verdade é que a mulher ainda permanece como inferiorizada, do contrário situações como essas não seriam mais vistas. Porém, ainda que pareçam distante de acabarem, nunca será tarde para que o consenso prevaleça. Não busquemos o feminismo, busquemos a justiça.