Nanotecnologia

O mundo em miniatura
Em 1966, o filme Viagem Fantástica, baseado no livro de Issac Asimov, revelou as idéias da nanociência a espectadores do mundo todo. Todavia, somente em 1981, com a criação do microscópio eletrônico de tunelamento foi possível a visualização de átomos individuais e posteriores descobertas nanométricas.
Com a construção de novas estruturas e novos materiais a partir de átomos e moléculas, o mundo deu um salto para o futuro, e a ficção tornou-se realidade. Hoje, na área da tecnologia, compostos altamente resistentes são misturados em cerâmicas tornando-as até 20 vezes mais resistente e até 6 vezes mais leves que o aço. Na medicina, a reconstrução de ossos é mais rápida com a inserção de compostos carbônicos. Além disso, dispositivos fazem a liberação controlada de fármacos na região doente, diminuindo efeitos colaterais. Os chips de memória estão a cada dia com maior capacidade e menor tamanho.
Entretanto a miniaturização tem um limite para o homem. Desde o ano 2000 esse limite foi alcançado nos países centrais, necessitando de novas concepções. Enquanto isso, o Brasil vem iniciando sua jornada nanometrica. Em Minas Gerais, com o apoio do governo e da Petrobrás, iniciou-se um projeto de criação da primeira fábrica de nanotubos de carbono. Com essa iniciativa o Brasil deixa de depender da importação de mais um produto tecnológico.
Apesar de todos os beneficio da nanociência, existe a possibilidade da poluição por nanopartículas geradas na confecção desses materiais. Seu pequeno tamanho facilita sua difusão na atmosfera , em solos, em águas e nos organismos vivos. Não se sabe sua toxidade, biodegradabilidade ou se seria possível sua remoção do ambiente ou dos seres vivos. Dessa maneira, o cuidado em sua manipulação e pesquisas sobre seus impactos são de extrema importância para a sociedade.
A nanotecnologia fascina o mundo. Mas deve-se ter cautela diante de uma ciência tão jovem e tão inexplorada.