Título: Igualdade nem sempre quer dizer justiça

Em pleno século XXI torna-se evidente a discrepância social entre o negro e o branco. Os caucasianos possuem melhores salários, são mais qualificados profissionalmente e são melhor aceitos no mercado de trabalho. Isso se deve às melhores oportunidades que o branco possui acesso em comparação ao negro. Para equilibrar esse disparate social, o Estado sancionou as cotas nas universidades, em que uma porcentagem é destinada aos estudantes negros. A inserção dessas cotas geram vários debates polêmicos, pois há os que são contra por acreditarem que a educação pública deve melhorar para que não haja a necessidade de ações afirmativas. O processo educacional nas escolas públicas deve indubitavelmente ser aperfeiçoado, porém essa é uma solução a longo prazo que não se adapta ao jovem negro que nos dias de hoje almeja cursar o ensino superior, oriundo de um sistema educacional falho, esse estudante não possui preparo o suficiente para pleitear uma vaga com um jovem branco que estudou em escolas renomadas e vem se preparando para o vestibular durante toda a sua formação. Dizer que o aluno deve conseguir a vaga por mérito e que deve haver a igualdade são argumentos falho, pois o negro também possui tal mérito já que é egresso de uma péssima educação e qualidade de vida, além de estar à mercê do preconceito racial, afirmar que deve haver a igualdade na disputa entre as vagas se torna contraditório, pois o estudante negro já começa tal disputa de forma desigual.
Logo, as ações afirmativas são necessárias e devem se ampliar a mais universidades e também aos cursos profissionalizantes, o governo também poderia investir em campanhas conscientizadoras através das escolas e da mídia para que a as pessoas possam compreender melhor a situação do negro na atualidade, seria relevante que os negros também fossem conscientizados e assumissem as vagas nas universidades que são suas por direito social e histórico.