A relação do homem moderno com a natureza: Sustentabilidade x Ambientalismo Fundamentalista

Conciliar a preservação ambiental com o desenvolvimento industrial e tecnológico tornou-se, desde a década de 70, uma das maiores preocupações dos líderes governamentais. A freqüência de desastres naturais como inusitados períodos de estiagem, desabamentos de encostas, dizimação de espécieis da fauna e da flora e o alarmante derretimento gradativo das geleiras, foram considerados reações da natureza contra a intervenção irresponsável do homem no meio ambiente.

Os afetados por tais conturbações não se resumem as grandes florestas, pois fenômenos como a chuva ácida, ilhas de calor e enchentes, evidênciam o quanto a industrialização irresponsável e sem consciência ecológica afeta a qualidade de vida nos grandes centros urbanos. Contudo, orgãos ambientalistas radicais se opoem a conciliação do desenvolvimento urbano com a preservação ambiental, reinvindicando a supremacia da última.

Estatísticas apontam que a população da Terra pode chegar, até 2050, a vinte bilhões de habitantes. Como sustentar a demanda alimentícia dessa população crescente sem utilizar, de forma responsável, a terra para o cultivo em larga escala? Uma sociedade moderna também precisa de energia. As usinas hidroelétricas e nucleares, se construídas e mantidas com segurança, são consideradas as fontes energéticas mais limpas e viáveis existentes atualmente. Contudo, são também alvo de críticas severas e por vezes descabidas de ambientalistas que negam a possibilidade da utilização responsável dessas matrizes energéticas.

Pelos motivos apresentados, o Novo Código Florestal e a contrução da Usina Belo Monte estão sendo alvo de polêmicas ao invés de debates, os quais poderiam resultar em medidas a fim de conciliar o pleno desenvolvimento do agronegócio e da produção de energia sem grandes impactos ecológicos. Outro fator relevante é a união de ambientalistas extremistas com ativistas mais radicais do MST, ambos combatendo com medidas extremas o direito a propriedade privada e a segurança legislativa destinada a ela, contribuindo para o aumento na violência no campo.

O homem já assumiu a forma egocêntrica com que administrou as riquezas naturais durante o processo de desenvolvimento urbano e industrial. Agora, tenta aos poucos minimizar os impactos sofridos pelo meio ambiente. Contudo, a sustentabilidade só será alcançada quando ambientalistas e capitalistas entrarem em um consenso, colocarem suas rivalidades ideológicas e suas utopias de lado e se dispuserem a lutar por um objetivo em comum: A modernização em harmonia com o meio ambiente.

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