A cura para a saúde pública brasileira.

No Brasil, na época atual os brasileiros são sujeitos a pagar os impostos mais caros do mundo e teoricamente o retorno desse investimento deveria vim na forma de saúde, educação e qualidade de vida para a população. Porém, na prática isso não é oferecido à ela da melhor maneira. Nesse contexto, o retorno mais necessitado e que possui mais problemas é o da saúde pública, representada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Este sistema, por sua vez, deixa muito a desejar com relação aos acessos à atendimentos, infraestrutura e às vezes em condições básicas trabalhistas para os profissionais da saúde. Logo, esse setor público necessita de grandes mudanças de planejamento e o auxílio presente dos profissionais para que atinja um bom grau qualitativo e eficiência de atendimento à população.

Quanto a isso, o fator que mais torna a saúde vítima de reclamações, e até mesmo a causa de manifestações populares, é a deficiência na infraestrutura, pelo fato dos hospitais e postos majoritariamente serem mal equipados e o número de leitos disponíveis serem desproporcionais à quantidade de pacientes que os necessitam. Isso se dá porque o investimento nesse setor não ocorre como deveria, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil gasta em média 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB), no entanto, era para gastar no mínimo 8% - que é o que os países desenvolvidos normalmente usam. Além disso, insumos e medicamentos básicos ficam em falta e o paciente se vê obrigado a procurar outra instituição. E por essa e dentre outras falhas de planejamento que esse setor não é bem visto em termos de qualidade.
       
Há de se mencionar também que, mesmo após a importação dos médicos estrangeiros para o SUS, os problemas com relação a falta desses profissionais não tiveram fim, visto que, não é simplesmente a distribuição desigual do contingente profissional ou a sua quantidade, mas também as condições desagradáveis de trabalho às quais, muitas vezes, eles se submetem. Por exemplo, são vítimas de xingamentos e ameaças dos próprios pacientes revoltados os quais não entendem a fonte dos problemas do mal atendimento . E é por esses fatores que ocorrem segregações desses profissionais da saúde pública para a privada, já que nessa última há melhores condições trabalhistas.

Em suma, a saúde pública brasileira ainda é julgada deficiente. A partir disso, a verba destinada a esse setor público deve ser melhorada e, sobretudo, fiscalizada afim de que não chegue nas mãos de corruptos. Com isso, deve ampliar os leitos hospitalares e equipar corretamente esses locais e postos municipais. E também, como forma de incentivo, criar planos de carreira para que contratos, horários e principalmente direitos sejam respeitados com a finalidade de se ter uma cura para a saúde pública e consequentemente melhorar os serviços prestados à população.